É de Palavra que precisamos
para que em nós haja transformação, arrependimento (não culpa), e
libertação, e não de sessão de descarrego e catarses evangelicas. Muitos
falam que o louvor liberta. E que louvores! Gritos! Pulos! Extravazando
e soltando as bruxas? Isso se faz lá no mundão, e olha que para quem
não tem o Espírito Santo funciona, viu?! A sensação é de alívio, êxtase e
prazer, exatamente como alguns extra-vagantes se sentem.
Voltando ao Culto. Para que
se reúne a igreja? Para cultuar à Deus, não é? Para ouvir a Palavra,
aprender, ter comunhão com os irmãos. Porém, terminando o culto
(reunião), continuamos à cultuar ao Senhor com nossas vidas, meditando
em Sua Palavra, obedecendo, buscando fazer Sua vontade, dando bom
testemunho, etc…
Acaso não é esta a vida que
agrada à Deus? Do cristão genuíno? Servindo à Cristo noite e dia, viver,
respirar por Ele e para Ele? Não é assim que ensinaram Paulo, Pedro,
João, Tiago? Unidade, comunhão, santidade, estas saõ as qualidades da
igreja que Cristo vem buscar.
Porque então agora (ou faz
tempo!), o culto é festa de funk? Balada romântica? Shows com direito a
pirotecnia e outros efeitos especiais? Há quem diga : “Para Deus, o
melhor!”, mas será que é mesmo para Ele?
Trinta minutos de “louvor e
adoração”, com músicas cheias de emocionalismo, letras permeadas de
heresias e distorção do sentido da adoração, com melodias melosas, até
bonitas, envolventes, capazes de arrancar lágrimas e soluços do mais
duro coração, mas vazias de significado prático.
Há quem diga: “O louvor foi
tremendo, senti tanto a presença de Deus, chorei tanto”…E desde quando
Deus está na heresia? No engano? Deus recebe adoração de umbigo? Sim,
porque a maioria destas músicas enchem o ego, alegram a alma (psyché… a
mente humana), centralizam o homem e não a Deus.
Quando foi que o Evangelho se
transformou em livro de auto-ajuda? Cheio de positivismo e decretos de
grandeza e paz? Onde está a mensagem de arrependimento? A Cruz? Os
pastores, em sua maioria, dominados por uma arrogância vil, se acham
superiores às ovelhas, e sobem no púlpito como se este fosse um palanque
(ou trono?), e como se eles fossem o próprio Deus!
Não apascentam, mas
manipulam, ditam regras. Não defendem nem pregam mais a Verdade, mas
suas verdades. As ovelhas deixam de ser ovelhas e viram soldados como os
de Hitler, não defendem mais o Evangelho, agora se armam para a defesa
da denominação, do pastor-ditador. A Palavra perde totalmente seu valor.
O que vale agora são os decretos liberados pelo líder, as experiências
sobrenaturais, não importando se os mesmos contradizem a Bíblia, afinal,
o que vale mesmo é momento, o êxtase experimentado, o frenesi…
E mesmo que alguém os
confronte com a Palavra de Deus, não adianta, não há neles lugar de
arrependimento, suas mentes foram cauterizadas. Estão cegos com a
esperança da glória terrestre: “Deus vai me honrar”, “Eu mereço, afinal,
já sofri tanto!”. Merecemos todos o inferno, isso sim, pois não fosse a
graça e misericórdia do Senhor Deus através de Jesus Cristo, seria este
nosso destino.
O culto a Deus transformou-se em culto ao “EU”, a nós mesmos!
Eu acredito que culto à Deus,
que lhe agrada, é aquele que fazemos com nossas vidas, nos alegrando
seja na fome ou na fartura, na alegria e na aridez, sabendo que tudo é
para Sua glória.
O Senhor se alegra com o modo
como reagimos diante da Sua Palavra, vivendo-a, propagando-a, enquanto
esta mesma Palavra penetra nosso interior, nos cortando como espada
afiada, nos libertando, mostrando a feiúra dos nossos pecados, nos
confrontando. Sua Palavra é poderosa e irresistível. É viva, é vida e é
verdadeira.
É pela Palavra que somos
levados à Adorá-LO, com o fluir do Seu Espírito Santo nos enchendo de
fé, esperança e amor, dia após dia, com corações inundados pela certeza
de que tudo aqui é passageiro, e esperando ansiosamente a vinda dAquele
que nos salvou.
Esta é minha alegria, Ele é
meu refúgio. Em Jesus está entregue a minha vida. Ele me amou primeiro. E
nós todos temos que caminhar NESSA CERTEZA, até a sua vinda.
MARANATA!
***
Postado por
Márcia Gizella, caminhando com graça e por fé, no
Púlpito Cristão