terça-feira, setembro 18, 2012

Nunca me confundiram com o Brad Pitt


por Tim Challies

Nunca me confundiram com o Brad Pitt
Eu nunca fui confundido com o Brad Pitt. Nenhuma vez sequer. Também nunca aconteceu de alguém me parar na rua e, com certo desapontamento, pedir desculpas e falar “Me perdoe, eu achei que você era o Johnny Depp”. Isso simplesmente não acontece. E existe uma razão para isso. Brad Pitt e Johnny Depp são homens excepcionalmente bonitos (e eu digo isso de uma forma extremamente heterossexual). Por mais que pensemos, pelo menos um pouco, que a beleza está nos olhos de quem vê, não há duvidas de que, pelo menos culturalmente, existe certo padrão de beleza que separa os normais dos excepcionalmente bonitos. Brad e Johnny se encaixam na segunda definição. Eu, como a maioria, definitivamente sou o primeiro caso. Alguns terapeutas preocupados podem pensar em me escrever sobre como eu não tenho uma auto-imagem saudável, ou qualquer outra psico-baboseira, mas eu garanto que estou muito bem em relação a isso, obrigado. Sei quem eu sou e sei o que eu não sou. E eu não sou nenhum Brad Pitt.
O que me chama mais a atenção é que Aileen, minha esposa que (graças a Deus) não parece ter nenhuma paixão profunda e irracional por estrelas de cinema, está perfeitamente satisfeita comigo, com meu não-tão-esculpido queixo e o meu eu-sei-que-está-aí-embaixo-de-algum-lugar abdômen. Isso, a meu ver, é algo muito bom. Seu amor é cego da forma certa, e eu sou o agradecido beneficiário disso.
Alguns dias atrás eu estava dirigindo por Los Angeles com alguns amigos (que também não se parecem com Brad Pitt ou Johnny Depp) e começamos a discutir sobre a cultura da celebridade dentro da igreja, e a difícil tarefa de ser sempre o melhor pregador de todos os tempos. Eu não acho que possamos, racionalmente, negar que já uma séria cultura de celebridades na igreja hoje, e isso mesmo (ou até especialmente) em meio ao Novo Calvinismo. Se isso sempre foi o caso, eu não sei. Mas eu considero inegável que, para o bem e/ou para o mal, isso é muito forte atualmente. E aqueles que têm que enfrentar a difícil tarefa de “competir” com o brilhantismo desses pregadores famosos são justamente os pastores ‘normais’ de igrejas como a sua.
Os cristãos de hoje têm acesso (via Internet, claro) a vastas livrarias com os melhores sermões dos melhores pregadores – os Brads e Johnnys do mundo da pregação. Claro que, em lugar de queixos quadrados e abdomens rasgados, têm incríveis talentos para se comunicar de forma clara, ilustrar de forma direta, falar de forma apaixonada e expor brilhantemente a Palavra. Esses são homens que, por qualquer medida objetiva, estão um degrau acima da multidão assim como Johnny e Brad estão acima de mim. São homens que foram extraordinariamente presenteados por Deus e que têm usado fielmente seus dons para a Sua Glória. Eu, de forma alguma, quero falar mal desses homens que têm sido uma bênção na vida da igreja.
Mas, se a minha esposa está plenamente satisfeita com seu marido, eu vejo muitos cristãos que não conseguem estar satisfeitos com seus pastores. Qual é o porquê disso? Por que durante toda a semana, essas pessoas estão bebendo de outras cisternas, para pegar emprestada a expressão de Provérbios 5.15. Estão agindo como uma esposa que passa toda a semana pregando cartazes de estrelas de cinema em sua casa, e fica olhando fixamente para eles. Como seu marido pode ter esperanças de competir com esses ridiculamente bem apessoados homens? Muitos cristãos hoje em dia ouvem seu pastor no Domingo, e ouvem catorze sermões de catorzes pastores diferentes antes do próximo Domingo. E, muito freqüentemente, os sermões de seus pastores perdem na comparação. Não é de se surpreender que vemos muitos casos de pastores de pequenas igrejas simplesmente copiando os “tops”, plagiando o brilhantismo de outros homens. Não fomos nós que os levamos a isso?
O fato é: Deus nos coloca em igrejas não tão perfeitas e normalmente nos dá pastores não tão brilhantes. O fato de haver pregadores extraordinários nos diz que deve haver uma multidão de pastores perfeitamente comuns. Isso significa que a maioria de nós foi abençoado por Deus com um tipo muito comum de pastor, assim como a maioria das nossas esposas foi abençoada com um tipo de marido comum. Esses homens, pastores comuns, sãos os que merecem nossa lealdade. É desses homens que Paulo está falando quando ele diz à igreja de Tessalônica para ter “consideração para com os que se esforçam no trabalho entre vocês, que os lideram no Senhor e os aconselham. Tenham-nos na mais alta estima, com amor, por causa do trabalho deles.” Esses são os homens que Deus nos deu para nos servir e trabalhar como nossos pastores. É através desses homens que Deus pretende abençoar você naquele corpo único e especial chamado igreja local.
Não quero dizer que não possamos ouvir podcasts e vídeos ou fingir que não existem pastores extraordinários. Nós podemos ouvir seus sermões e aproveitar suas grandes habilidades em ensinar a Palavra de Deus e nos chamar a viver à luz dela. Mas temos que guardar nosso coração nisso. Você não gostaria que seu filho fosse criado por outro pai e outra mãe, te amando da boca para fora e entregando seu coração a outros. Você não iria gostar de ver aquele olhar nos olhos de sua esposa, aquele olhar desapontado, frustrado, após ela ter passado o fia inteiro olhando para os cartazes das estrelas de cinema. Você precisa guardar seu coração para não, inconscientemente, se entregar a um pastor que não é o seu, e que por qualquer medida objetiva que você use, é superior ao seu.
Tim Challies
por Tim Challies
Eu nunca fui confundido com o Brad Pitt. Nenhuma vez sequer. Também nunca aconteceu de alguém me parar na rua e, com certo desapontamento, pedir desculpas e falar “Me perdoe, eu achei que você era o Johnny Depp”. Isso simplesmente não acontece. E existe uma razão para isso. Brad Pitt e Johnny Depp são homens excepcionalmente bonitos (e eu digo isso de uma forma extremamente heterossexual). Por mais que pensemos, pelo menos um pouco, que a beleza está nos olhos de quem vê, não há duvidas de que, pelo menos culturalmente, existe certo padrão de beleza que separa os normais dos excepcionalmente bonitos. Brad e Johnny se encaixam na segunda definição. Eu, como a maioria, definitivamente sou o primeiro caso. Alguns terapeutas preocupados podem pensar em me escrever sobre como eu não tenho uma auto-imagem saudável, ou qualquer outra psico-baboseira, mas eu garanto que estou muito bem em relação a isso, obrigado. Sei quem eu sou e sei o que eu não sou. E eu não sou nenhum Brad Pitt.
O que me chama mais a atenção é que Aileen, minha esposa que (graças a Deus) não parece ter nenhuma paixão profunda e irracional por estrelas de cinema, está perfeitamente satisfeita comigo, com meu não-tão-esculpido queixo e o meu eu-sei-que-está-aí-embaixo-de-algum-lugar abdômen. Isso, a meu ver, é algo muito bom. Seu amor é cego da forma certa, e eu sou o agradecido beneficiário disso.
Johnny "Jack Sparrow" Depp
Johnny "Jack Sparrow" Depp
Alguns dias atrás eu estava dirigindo por Los Angeles com alguns amigos (que também não se parecem com Brad Pitt ou Johnny Depp) e começamos a discutir sobre a cultura da celebridade dentro da igreja, e a difícil tarefa de ser sempre o melhor pregador de todos os tempos. Eu não acho que possamos, racionalmente, negar que já uma séria cultura de celebridades na igreja hoje, e isso mesmo (ou até especialmente) em meio ao Novo Calvinismo. Se isso sempre foi o caso, eu não sei. Mas eu considero inegável que, para o bem e/ou para o mal, isso é muito forte atualmente. E aqueles que têm que enfrentar a difícil tarefa de “competir” com o brilhantismo desses pregadores famosos são justamente os pastores ‘normais’ de igrejas como a sua.
Brad Pitt
Brad Pitt
Os cristãos de hoje têm acesso (via Internet, claro) a vastas livrarias com os melhores sermões dos melhores pregadores – os Brads e Johnnys do mundo da pregação. Claro que, em lugar de queixos quadrados e abdomens rasgados, têm incríveis talentos para se comunicar de forma clara, ilustrar de forma direta, falar de forma apaixonada e expor brilhantemente a Palavra. Esses são homens que, por qualquer medida objetiva, estão um degrau acima da multidão assim como Johnny e Brad estão acima de mim. São homens que foram extraordinariamente presenteados por Deus e que têm usado fielmente seus dons para a Sua Glória. Eu, de forma alguma, quero falar mal desses homens que têm sido uma bênção na vida da igreja.
Mas, se a minha esposa está plenamente satisfeita com seu marido, eu vejo muitos cristãos que não conseguem estar satisfeitos com seus pastores. Qual é o porquê disso? Por que durante toda a semana, essas pessoas estão bebendo de outras cisternas, para pegar emprestada a expressão de Provérbios 5.15. Estão agindo como uma esposa que passa toda a semana pregando cartazes de estrelas de cinema em sua casa, e fica olhando fixamente para eles. Como seu marido pode ter esperanças de competir com esses ridiculamente bem apessoados homens? Muitos cristãos hoje em dia ouvem seu pastor no Domingo, e ouvem catorze sermões de catorzes pastores diferentes antes do próximo Domingo. E, muito freqüentemente, os sermões de seus pastores perdem na comparação. Não é de se surpreender que vemos muitos casos de pastores de pequenas igrejas simplesmente copiando os “tops”, plagiando o brilhantismo de outros homens. Não fomos nós que os levamos a isso?
"Queime depois de ler"
"Queime depois de ler"
O fato é: Deus nos coloca em igrejas não tão perfeitas e normalmente nos dá pastores não tão brilhantes. O fato de haver pregadores extraordinários nos diz que deve haver uma multidão de pastores perfeitamente comuns. Isso significa que a maioria de nós foi abençoado por Deus com um tipo muito comum de pastor, assim como a maioria das nossas esposas foi abençoada com um tipo de marido comum. Esses homens, pastores comuns, sãos os que merecem nossa lealdade. É desses homens que Paulo está falando quando ele diz à igreja de Tessalônica para ter “consideração para com os que se esforçam no trabalho entre vocês, que os lideram no Senhor e os aconselham. Tenham-nos na mais alta estima, com amor, por causa do trabalho deles.” Esses são os homens que Deus nos deu para nos servir e trabalhar como nossos pastores. É através desses homens que Deus pretende abençoar você naquele corpo único e especial chamado igreja local.
Não quero dizer que não possamos ouvir podcasts e vídeos ou fingir que não existem pastores extraordinários. Nós podemos ouvir seus sermões e aproveitar suas grandes habilidades em ensinar a Palavra de Deus e nos chamar a viver à luz dela. Mas temos que guardar nosso coração nisso. Você não gostaria que seu filho fosse criado por outro pai e outra mãe, te amando da boca para fora e entregando seu coração a outros. Você não iria gostar de ver aquele olhar nos olhos de sua esposa, aquele olhar desapontado, frustrado, após ela ter passado o dia inteiro olhando para os cartazes das estrelas de cinema. Você precisa guardar seu coração para não, inconscientemente, se entregar a um pastor que não é o seu, e que por qualquer medida objetiva que você use, é superior ao seu.

Texto retirado do Blog: iProdigo.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário