quarta-feira, fevereiro 29, 2012

O Pulpito e o Punhal

Reconhecendo que é nosso dever, como cristãos, estarmos do mesmo lado, permito-me, entretanto, apontar o dedo contra nós mesmos. Sim, precisamos que alguém, afinal, diga que as armas que estão matando nossa identidade foram gestadas por nossa tolerância autofágica.
É desesperadora a angústia de precisar se agarrar à tentativa de fazer a igreja permanecer em moldes biblicamente concebíveis. As últimas três décadas foram devastadoras para a igreja no Brasil. À medida que a igreja ia sendo transformada de protestante em "evangélica", as estatísticas do IBGE embriagaram nossa percepção. Quase ninguém se dava conta que o processo estava apodrecendo a Igreja por dentro. Os fatores que viabilizavam tal crescimento não eram, nem de longe, legítimos como práticas cristãs.
O Púlpito e o Punhal
Dos "dentes de ouro" à "Marcha prá Jesus" parte de nossa herança foi extraviada. Sem reflexão teológica, a igreja caiu nas mãos de celebridades da música gospel e de líderes carismáticos que invadiram a mídia, assumindo de forma usurpada, o direito de falarem em nome da Igreja.
A face pública do movimento chamado evangélico parece, como diria Olavo de Carvalho, "uma gigantesca máquina de desentortar banana". Visibilidade impressionante, mas completamente esvaziado de significado.
O que está aí é estatisticamente impressionante, mas não pode ser celebrado como cristianismo, porque não o é. Um "cristianismo" que não produz impacto moral sobre a sociedade. Um cristianismo que, várias vezes, fica aquém da moral pagã, não foi, evidentemente, esculpido pelo poder santificador do Espírito Santo.
Por outro lado, as denominações históricas, que deveriam ter ancorado o cristianismo no porto da reforma protestante, praticaram crime ainda maior, quando entregaram suas escolas teológicas nas mãos dos liberais.
Seminários protestantes pagaram salários a professores liberais que corromperam a fé dos nossos jovens que, indefesos,foram entregues nas mãos deles para serem "bultmanntizados", "tilichizados"etc. Esses jovens, depois de quatro anos, eram feitos pastores e, usaram nossos púlpitos como arma letal de desconstrução do cristianismo bíblico. "Quem apóia lobos, sacrifica as ovelhas". Por isso a história não nos tem por inocente.
Muitas igrejas morreram, e o punhal que as matou foi um púlpito pejado de má teologia.
Batistas, Presbiterianos e todos os históricos, precisamos fazer um "mea – culpa" porque a resposta dos nossos pais ficou muito aquém da necessidade da igreja e, nós, não somos melhores do que os nossos pais, portanto chorar é também nossa parte.
Como Deus sempre tem que salvar o seu povo, porque se dependesse de nós, seu plano seria de todo extraviado, mais uma vez está Ele vindo em nosso socorro.
É encorajador ver algo novo, burbulhante, se movendo como um broto emergindo de um toco queimado. Há uma força que não se deterá por ser pequena. O Senhor já começou sua reação. Há um vigoroso despertamento das igrejas do Brasil rumo às Doutrinas da Graça.
O mote dos anos 70/80 era: Doutrina não! Doutrina divide! Esse bordão enganoso está sendo substituído no coração de um remanescente que começa a bradar nos púlpitos e nas redes sociais, em acampamentos e em conversa de mesa: Doutrina sim! Teologia Sim! E que sejam aquelas velhas doutrinas que mudaram a Igreja e o mundo no século 16. Como disse Marcos Granconato: "Teologia é como vinho, quanto mais velha melhor".
Palavras como Wittenberg, Genebra, Dort, Westminster, Puritanos, Credo, impronunciáveis há alguns anos, compõem agora a falação da galera jovem e dos veneráveiss anciãos de nossas igrejas. A hora da virada chegou!
Deus está visitando a igreja no Brasil para reesculpir sua face com o cinzel da virilidade bíblica e da pujança dos reformadores que batalharam pela fé dos santos sem jamais desfalecerem.


Por Cleyton Gadelha

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Pastor condenado a morte no Irã



Pastor Youssef Nadarkhani é condenado à morte no Irã


Homem convertido ao cristianismo é condenado à morte no Irã

O pastor evangélico Youssef Nadarkhani foi preso, acusado de abandonar a fé islâmica. Decisão da justiça iraniana provocou indignação internacional.
Uma decisão da justiça do Irã provocou indignação internacional e protestos de defensores da liberdade de religião. Um homem que se converteu ao cristianismo foi condenado à morte.
Youssef Nadarkhani foi preso em 2009 porque não quis que os filhos estudassem o livro sagrado dos muçulmanos – o Alcorão.
Ele se tornou cristão aos 19 anos de idade e três anos depois, já pastor evangélico, fundou uma pequena comunidade cristã na cidade de Rasht, a noroeste de Teerã.
Nadarkhani foi preso, acusado de abandonar a fé islâmica, e recebeu a sentença máxima: morte por enforcamento.
Durante três anos, o caso foi examinado por cortes superiores iranianas. A esposa de Nadarkhani também foi detida, chegou a ser condenada à prisão perpétua, mas depois foi solta. O pastor, por três vezes, recebeu proposta de abandonar o cristianismo e voltar para o islã, em troca da suspensão da pena de morte. Youssef Nadarkhani não aceitou.
Segundo o Centro Americano de Lei e Justiça – uma organização que defende a liberdade religiosa nos Estados Unidos e acompanha o caso de Youssef – a sentença foi confirmada pelo governo iraniano e a ordem de execução foi dada.
Jordan Sekulow, diretor do centro, vem divulgando em um programa de rádio a perseguição contra Nadarkhani.
“Não sabemos se ele ainda está vivo nesse momento” diz Sekulow. “A ordem de execução não é divulgada publicamente. A única coisa que pode salvar Nadarkhani”, ele diz “é a pressão internacional, principalmente de países como o Brasil, que tem boas relações diplomáticas com o Irã”.
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Notícia veiculada pelo Jornal Nacional nesta quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012. Fonte: G1
Ainda não se sabe se a pena já foi cumprida. Ore pela igreja perseguida!

Artigo publicado pelo Blog Pulpito Cristão.


quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Generosidade até com os animais

 O justo atenta pra a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel (Pv 12-10).


  
Aquilo que o homem é transborda em suas atitudes. Nosso caráter se reflete em nossos gestos. A generosidade do nosso coração se revela em nossa postura. O justo lida de forma correta não apenas com Deus, com o próximo e consigo, mas também com seus animais domésticos. Um indivíduo que tem o coração generoso jamais trata com crueldade os animais. Podemos identificar a casa de um justo ao observar como seus animais são tratados. Aqueles que espancam os animais e os deixam passar fome revelam um coração cruel, mas os que zelam pela vida deles são justos. Atitude inversa é dar mais valor aos animais do que as pessoas. Hoje, gasta-se mais com animais domésticos do que com as crianças. Em muitos lares, os animais são mimados e cobertos de carinho, enquanto os filhos são tratados com grosseria. Há animais que são cobertos de beijos e abraços, enquanto os membros da família vivem a míngua, carentes de um gesto de amor. Tanto um extremo quanto o outro são nocivos. Quanto aos animais, não podemos tratá-los com crueldade nem colocá-los no lugar de pessoas. Quanto às pessoas, não podemos tratá-las como animais, mas devemos amá-las como nossos próximos.


Texto extraido do livro: Gotas de sabedoria para alma.
Autor: Hernandes Dias Lopes

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Seja bem vinda Carol






Ontem nasceu a filha do meu primo, que para mim é um irmão, Artur Bragança, casado com minha prima Kamila Bragança, é meio confuso sei disso, mas fiquei super feliz de saber que agora eles são pais. Seja bem vinda Carolina, nasceu com saúde, linda e será mais uma na nossa grande família.
 Esse nascimento me deixou feliz e ao mesmo tempo pensativo, pensei em como o tempo passa rápido, um dia desses estávamos pensando como seria namorar sério, como seria a vida de casado e muito distante sonhávamos em ser pai. É como disse certa vez o escritor Fernando Pessoa: "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos". Hoje vocês avançam para uma nova fase de suas vidas, acredito que será um mundo completamente novo, momentos diferentes, novas descobertas, a alegria do primeiro passo, a ternura do sorriso, o aconchego do colo, a preocupação do choro. É Artur que Deus abençoe vocês nesta nova empreitada e saiba que  Ele tem grandes coisas preparadas para aqueles que o amam.
 Somente imagino o tamanho da sua felicidade, não posso ainda compreender, afinal de contas ainda não sou pai, quem sabe um dia. Deus sabe o momento certo e o seu momento chegou,  me resta apenas dizer parabéns e desejar muito mais felicidades. Não se esqueçam das sábias palavras de Salomão: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele" (Provérbios 22.6). Acredito que o filho deve ser fruto de um casamento abençoado, que o filho deve ser o complemento de um amor grandioso entre o casal. "Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma. Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles" (Rubem Fonseca).  Deus ilumine vocês,  que os passos da Carol sejam o seu passo e que a educação dela seja percebida nas suas virtudes e que acima de tudo ela possa ser guiada nos caminhos de Cristo.



  Um forte abraço meu e da Jú.
 

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

e-book Jonh Piper

E-BOOK DE JONH PIPER DISPONÍVEL PARA LEITURA NO LINK ABAIXO DO TEXTO.
VALE A PENA LER.




  Esse e-book é a compilação da série "Aos Pregadores da Prosperidade", composta por 12 textos de John Piper. Esses textos podem ser encontrados na nova versão do livro “Let the Nations Be Glad", sem tradução no Brasil. A Editora Cultura cristã publicou a versão antiga deste com o titulo "Regozijem-se as Nações", não contendo esses textos.
  Aos que questionarem sobre a importância defalar neste tema, a realidade ao nosso redor responde isto sem muita dificuldade. Nós vivemos em uma triste época em que a (falsa) teologia da prosperidade tomou níveis que nunca imaginaríamos serem possíveis. Nunca os homens foram considerados tão grandes, e nunca Deus foi considerado tão pequeno. Pregações que deturpam textos bíblicos, regadas de emocionalismos, falsas profecias e pedidos aterradores de ofertas são tão comuns hoje que, para muitos, essa só pode ser a realidade bíblica, pois é o único tipo de pregações que vários crentes ouvem durante toda a vida.
  Esse lixo de teologia tem destruído muitas mentes. Muitas pessoas têm sido levadas a cair nesses enganos. Até mesmo muitos cristãos maduros têm resíduos desse fermento herético em suas massas. Pergunto: “como ficar apático diante disto tudo?”. Precisamos de homens que se levantem como profetas de Deus, dispostos a confrontar esses (falsos) pregadores que tentam seduzir as ovelhas de Cristo.
  Deus levantou John Piper para protestar e chamar-nos de volta para a sã doutrina. Oramos para que mais pessoas possam abraçar esse pensamento.

Você se juntaria a nós nesse protesto?
Voltemos ao evangelho.

LINK

  http://voltemosaoevangelho.com/arquivos/pdf/John_Piper_Aos_Pregadores_da_Prosperidade.pdf

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Texto de Sandra Mara Cardoso




  É com muito carinho que publíco abaixo o texto da minha prima, amiga e irmã em Cristo Sandra Mara Cardoso. Que Deus continue te abençoando, serei eternamente grato a você e o Sidney por não ter esquecido de mim e da Jú quando nós mais precisávamos.
  "Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade." (Confúcio)


Em meus passos, o que faria Jesus?



Recentemente, comecei a ler um clássico da literatura cristã chamado “Em seus passos o que faria Jesus”, de Charles M. Sheldon. A primeira edição deste livro foi impressa em 1896 – há mais de 100 anos – e, no entanto, ele continua sendo um “best-seller” no meio evangélico.
O livro conta a história de um pastor americano que lançou um desafio para suas ovelhas: durante um ano, os que aceitassem o desafio não deveriam tomar nenhuma decisão sem antes perguntar: “O que faria Jesus?”. Muitos acharam loucura, mas outros aceitaram o desafio. Alguns desistiram no meio da caminhada; outros abraçaram a causa com tamanha dedicação que contagiaram outras pessoas de outros lugares.
O texto escolhido pelo autor, para reflexão dos leitores, foi o que se encontra na primeira carta de Pedro, capítulo 2, versículo 21, que diz assim: “Porquanto para isso mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos”.
Diante de tudo o que li nesta maravilhosa obra cristã, pude refletir sobre muitos aspectos da minha própria vida... Será que tenho agido como Cristo agiria? Será que honro ao Senhor com minha profissão, meu trabalho, meus talentos, minha família, enfim, minha vida? Em meus passos, o que faria Jesus?
Então descobri que não é fácil andar nos passos de Jesus... Pela nossa natureza pecaminosa, tendemos a cair, a desanimar, a falhar. Mas descobri também que, se buscarmos a cada dia mais uma vida de intimidade com o Senhor, uma vida de comunhão e santidade, estaremos mais próximos de andar como Ele andou.
Ainda não tive coragem o suficiente para assumir este desafio feito há um século atrás, mas tão atual e importante, mas tenho procurado, em minha vida, pensar no que Jesus faria se estivesse em meu lugar... Então percebi que tenho muito que agradecer a Deus: tenho uma família temente e fiel, sirvo ao Senhor em minha igreja, tenho muitos amigos que compartilham da mesma fé e trabalho em uma escola cristã. Mas sei também que posso fazer muito mais...
Minha oração é para que Deus continue me usando em Sua obra e para que as pessoas possam me ver andando nos passos que Jesus andou. Quero ser sal da terra e luz do mundo, refletindo a glória de Deus e moldada pelo Seu caráter.


Por Sandra Mara Cardoso Martins, Pedagoga especializada em Psicopedagogia, membro da 7ª IPBH.

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Quem sou eu?

  
     Hoje como em outros dias acordei angustiado, não sei se foi o cansaço de uma viagem que fiz, não sei se foi um desânimo qualquer ou uma tristeza inexplicável, simplesmente acordei me perguntando o que tenho feito? Qual o motivo de me sentir tão triste em determinados momentos? Qual a razão de tanto sofrimento sem motivo? A resposta certa é que não sei, simplesmente não sei.  Ao chegar em casa, comecei a ler alguns artigos em blogs cristãos e me deparei com este poema de Dietrich Bonhoeffer (1906-1945), narrado por Jonas Madureira, senti uma paz e me lembrei das palavras de Paulo aos Filipenses: 
" Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo alegrai-vos" . E ele continua: "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento". Não sei o motivo da minha angústia neste dia, mas as palavras de Paulo me lembraram que em Cristo devo me alegrar sempre e que os meus pensamentos devem estar direcionados a ele. Na minha angústia, clamo ao Senhor, as palavras do salmista no salmo 116 são para mim um alento por tudo que vivi há alguns meses atrás e por tudo que superei pela graça de Deus, que me tirou do poço de lama e me arrastou novamente para tua presença. Tristezas virão, mas Cristo me renova e nele me alegrarei.
 

    “Amo o Senhor porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas.
     Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invocá-lo-ei enquanto eu viver.
     Laços de morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; cai em tribulação e   tristeza.
     Então invoquei o nome do Senhor: ó Senhor, livra-me a alma.
     Compassivo e justo é o Senhor; o nosso Deus é misericordioso.
     O Senhor vela pelos simples; achava-me  prostrado e ele me salvou.
     Volta, a minha alma, ao teu sossego, pois o Senhor tem sido generoso para contigo.
     Pois livraste da morte a minha alma, das lágrimas, os meus olhos, da queda os meus pés.
     Andarei na presença do Senhor,  na terra dos viventes”.                         

                                                                                                                                           
                         (Salmos 116: 1-9)

Veja o vídeo abaixo, talvez você esteja sentindo o mesmo que senti neste dia, apesar das lutas, apesar da tristeza saiba que Cristo te conhece, e a ele você pertence.

 


Mateus Bragança.