O amor é
descrito nos livros, proclamado nas poesias, cantado na música, filmado no
cinema. Apesar de ser o fenômeno psicológico mais procurado na história, é o
menos compreendido.
Reis procuram o
amor no poder, sem encontrá-lo. Famosos o buscam nos aplausos, mas muitos
morrem solitários. Ricos tentam comprá-lo com sua fortuna, mas o dinheiro se
compra o mundo, não compra o sentido da vida. Poetas procuram encontra-los nos
versos, mas muitos se despedem da vida sem poesia. Cientistas o colocam na
prancheta das suas ideias, mas não conseguem entendê-lo.
Para muitos, o
amor não passa de uma miragem. Eles o procuram de forma errada nos lugares
errados. Acham que ele se esconde nas grandes coisas, sem se darem conta de que
ele sempre está presente nas coisas mais simples, diminutas, quase imperceptíveis.
Está presente no sorriso das crianças, no beijo das mães, no consolo dos
amigos, nas dádivas do criador.
Onde está o amor
singelo, ingênuo e arrebatador que resgata o sentido da vida e nos faz sorrir,
mesmo quando temos motivos para chorar? Onde está o amor que nos faz acordar
pela manhã e dizer que a vida é maravilhosa, apesar de todos os nossos
problemas? Onde está o amor que nos faz ter esperança em alguém mesmo quando
sofremos decepções? Onde está o amor que transforma o trabalho num oásis sob o
calor da competição e das relações tensas? Onde está o amor que nos faz ver que
a vida é uma janela para a eternidade mesmo quando estamos chorando a perda das
pessoas que amamos?
Autor: Augusto Cury
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