quinta-feira, agosto 09, 2012

Onde está o amor?




   O amor é descrito nos livros, proclamado nas poesias, cantado na música, filmado no cinema. Apesar de ser o fenômeno psicológico mais procurado na história, é o menos compreendido.

   Reis procuram o amor no poder, sem encontrá-lo. Famosos o buscam nos aplausos, mas muitos morrem solitários. Ricos tentam comprá-lo com sua fortuna, mas o dinheiro se compra o mundo, não compra o sentido da vida. Poetas procuram encontra-los nos versos, mas muitos se despedem da vida sem poesia. Cientistas o colocam na prancheta das suas ideias, mas não conseguem entendê-lo.

   Para muitos, o amor não passa de uma miragem. Eles o procuram de forma errada nos lugares errados. Acham que ele se esconde nas grandes coisas, sem se darem conta de que ele sempre está presente nas coisas mais simples, diminutas, quase imperceptíveis. Está presente no sorriso das crianças, no beijo das mães, no consolo dos amigos, nas dádivas do criador.


   Onde está o amor singelo, ingênuo e arrebatador que resgata o sentido da vida e nos faz sorrir, mesmo quando temos motivos para chorar? Onde está o amor que nos faz acordar pela manhã e dizer que a vida é maravilhosa, apesar de todos os nossos problemas? Onde está o amor que nos faz ter esperança em alguém mesmo quando sofremos decepções? Onde está o amor que transforma o trabalho num oásis sob o calor da competição e das relações tensas? Onde está o amor que nos faz ver que a vida é uma janela para a eternidade mesmo quando estamos chorando a perda das pessoas que amamos?




Texto retirado do livro o Mestre Inesquecível
Autor: Augusto Cury 


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